E fez-se a fESTA em Abrantes


De 25 a 28 de Abril, Abrantes recebeu o XIV fESTA, Festival de Tunas Mistas da ESTATUNA, Tuna da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, sobre o signo das “Flores”.

O XIV fESTA começou na noite de 25 de Abril com uma festa de lançamento no Café Portugal (Abrantes), onde se ouviram os primeiros acordes e chegaram os primeiros tunos da Real Tuna Infantina e da Vicentuna.

A 26 de Abril o Centro Histórico de Abrantes encheu-se de gente, contrariando a normal desertificação a que se vota a cidade ribatejana no final de cada semana. A noite de 26 de Abril foi de serenatas, que começaram nos Claustros da Biblioteca Municipal António Botto e, após um percalço logo resolvido, terminaram no adro da Igreja de S. João.

A Real Tuna Infantina (Algarve), a Tuna Médica de Lisboa (Lisboa), a Vicentuna (Lisboa) e a Magna Tuna Apocaliscspiana (Lisboa) mostram como se canta o amor, num espectáculo que comoveu o público presente. O prémio de melhor Serenata, renomeado em jeito de homenagem póstuma de Prémio Miguel de Brito, foi para a Real Tuna Infantina. A noite seguiu na Antiga Rodoviária de Abrantes com a música do DJ Zé da Amêndoa.

Sábado, 27 de Abril, foi dia de muita música e de competição inter-tunas. Primeiro com um animado passacalles (desfile pelas ruas da cidade), que entre as 15h e as 16h30 trouxe música à cidade florida. Todas as tunas deram o seu melhor, com música divertida e refrescante, como o vento que se sentiu durante todo o dia, mas a Magna Tuna Apocaliscspiana levou a melhor sobre a concorrência.

O ponto alto do XIV fESTA, que decorreu no Cine-Teatro de S. Pedro, começou com meia-hora de atraso. A primeira tuna a mostrar o valor do seu reportório foi a Tuna do Distrito Universitário do Porto (extraconcurso), com uma actuação majestosa, impactante e cheia de sentimento.

A Vicentuna foi a primeira tuna a concurso a entrar em palco. Com uma actuação animada, polvilhada por momentos encenados que respeitaram o tema (“Flores”), a Vicentuna foi desfilando as suas músicas. Antes do intervalo actuou ainda a Real Tuna Infantina. A tuna vinda do Algarve respeitou o tema do XIV fESTA, enquanto dedilhava e trauteava os temas que a fariam arrecadar o prémio de “Melhor Tuna”.

A segunda parte começou com a actuação da Magna Tuna Apocaliscspiana, uma estreante nas andanças do fESTA. E apesar de ser a primeira vez que pisaram o palco do Cine-Teatro de S. Pedro, a Magna Tuna não se deixou intimidar e mostrou, com garra e paixão, tudo o que sabe fazer. A última tuna a concurso foi a Tuna Médica de Lisboa, para quem os palcos de Abrantes já não são uma novidade. A Tuna Médica de Lisboa misturou cor, harmonia e sentimento numa actuação cheia de energia positiva.

A tuna da casa, a ESTATUNA, fechou a noite no Cine-Teatro de S. Pedro de Abrantes. A ESTATUNA começou por cantar o tema “Saudade” da antiga Tuna Internacional, numa sentida homenagem póstuma a Miguel de Brito. Logo em seguida a tuna “da casa” apresentou, pela primeira vez, a sua versão de “Um Contra o Outro” dos Deolinda. A “Marília Ausente” e a “Canção de Embalar” também se fizeram ouvir enquanto o júri deliberava os vencedores da noite.

Após um compasso de espera as decisões lá chegaram: a Vicentuna arrebatou o troféu de Tuna Mais Tuna; a Magna Tuna Apocaliscspiana juntou ao prémio de Melhor Passacalles o de Melhor Bandeira; a Tuna Médica de Lisboa ganhou nas categorias de Prémio Tema: “Flores”, Melhor Pandeireta e Tuna do Público; a Real Tuna Infantina adicionou ao Prémio Miguel de Brito (Melhor Serenata), o prémio de Melhor Solista e de Melhor Instrumental, tendo sido coroada como a Melhor Tuna do XIV fESTA.

Com os prémios entregues a noite seguiu na Antiga Rodoviária de Abrantes. No dia 28 de Abril houve tempo ainda para um almoço convívio oferecido pelo Café Portugal, antes de as tunas dizerem adeus a mais um festival. Abrantes pode, por fim, descansar e começar a sonhar com o XV fESTA!


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