Israel, a Besta Bíblica amiga do Ocidente

As razões do conflito Israel-o-Palestiniano são por demais conhecidas, como são de resto conhecidas as várias fases de uma Guerra que não dá tréguas desde que em 1948 se declarou a Independência do Estado de Israel, em território Palestiniano sob administração colonial Britânica.

Os Aliados queriam compensar os judeus pelas Atrocidades contra estes cometidas pelo III Reich de Hitler e por isso "ofereceram-lhes" um Estado. Tudo normal, não fosse o facto de parte das terras em causa terem já o seu Senhorio, que o Ocidente (convenientemente pouco!) Esclarecido tende a obliterar mas que existia na região na mesma.

Avancemos! Israel terá atacado, não digo que em primeiro ou segundo, mas terá atacado (outra vez) os territórios da Palestina (com Estatuto político indefinido desde há muito) e logo em seguido os generais e políticos de Israel disseram que "temiam um ataque Palestiniano e se defenderiam de qualquer ameaça"?! Então a lógica é atacar e a seguir dizer que a contra-ofensiva é que é o ataque inicial?

A União Europeia, como sempre a reboque dos Estados Unidos da América, já disse que Israel tem legitimidade para se defender. Defender? É só o Fidalgo que vê a desproporção de uma Israel que ataca com o poderio de um exército high-tech e high-power contra um (putativo) exército cindido em três facções e sem grande armamento...

É aliás curioso como Israel parece não ter problemas em "testar" armamento novo sobre alvos reais, sem qualquer condenação activa que pede às duas partes moderação! Ao mesmo tempo o Mundo do Ocidente fica nervoso quando o Irão ou a Coreia decide exibir armamento testado em zonas desérticas. Será só o Fidalgo a ver o assustador grau de crueza envolto nisto tudo?

Se fosse o Irão a atacar com a ferocidade de Israel o mundo clamaria que eram as forças melífluas do Terrorismo e da Incompreensão em acção. Se fosse o Paquistão ou o Afeganistão a atacar com a ferocidade de Israel seriam as forças nefastas do Fanatismo e da Insanidade em acção. Mas como é Israel a atacar com a ferocidade de uma Besta Bíblica está tudo bem?

Israel ainda por cima parece esquecer-se que a lista de aliados regionais, mais importantes do que a UE, encolheu no pós Revoluções Árabes. O Egipto está menos "amigável"; a Líbia não está disponível para diálogo (com o país no limiar da implosão); a Tunísia opta pelo silêncio; a Jordânia, mediador activo nos últimos anos, tem problemas internos por sanar e o mesmo no Bahrein...

Israel, que nasce como compensação de um Genocídio, parece não ter problemas em fazer vítimas em série do lado palestiniano... Talvez seja cedo ainda, mas chegará o dia em que os de Israel passaram a uma dupla condição na questão do Genocídio. Povo genocidado pela Alemanha Nazi e povo genocidário da Palestina. E quanto sangue mais terá a Europa Unida que ver nos televisores, computadores, telemóveis e tablets até tomar uma posição nova e justa?

O Fidalgo deixa a questão que urge uma resposta!


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