Dois novos (des)Governos na Ásia Central...

Enquanto Portugal se vai debatendo se mais Austeridade, agora que temos mais tempo, é necessário; se mais medidas, que não implicam cortes onde se devia cortes, é mesmo a receita do sucesso, o mundo vai avançando. E como o Fidalgo até é doutorando em Relações Internacionais nada como ver o que se anda a fazer por outros lados... Ásia Central? E porque não?

Quirguistão! Primeira paragem no Quirguistão apenas para dar conta do novo Governo ter finalmente tomado posse. Depois da Revolução de Abril de 2010, que veio reverter os efeitos da Revolução das Tulipas de 2005, e das tensas eleições de 2011, chegou por fim o momento do país entrar na complicada tarefa de "fechar" o ciclo pré-transicional e entrar na transição profunda, ou transição acelerada.

O mesmo Quirguistão está no meio de um conflito diplomático com a Bielorrússia. Isto porque Kurmanbek  Bakiyev, Presidente deposto pela Revolução de 2010, e o seu irmão Janysh Bakiyev vivem em Minsk e porque a Minsk de Lukashenka (não raras vezes apelidado de o Último Ditador Europeu) se recusa a entregar os mesmos a Bishkek. E Minsk tem provas dadas que pode ser um porto de abrigo para exilados políticos sejam estes quirguizes, sérvios, suecos, siberianos... É escolher...

Mongólia! Ainda pelas terras da Ásia Central, a Mongólia também conseguiu por fim formar um Governo, após as eleições de 28 de Junho. Dois meses e meio para formar governo não é assim tão mau, se pensarmos que a Bélgica levou mais de um ano para o fazer. A diferença, todavia, é que a Mongólia não estando regionalizada paralisou durante dois meses. Pior! A formação do Governo demonstra uma total submissão a interesses privados e a jogos de influência.

O número de pastas ministeriais subiu de 11 para 16; enquanto que o número de agências e instituições estatais caiu de 43 para 28. O número de elementos do Governo que também mantém funções no parlamento supera os 80%. A ligação entre muitos dos Ministros agora eleitos e o sector dos Negócios é tão grande, tão descarada, que nem sequer é escondida. É "tudo às claras"!

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