Para a Lia

Ria, sorria
Falava, andava.
Teu nome e teu rosto
Não me abandonava.
Prisão de cristal?
Prisão de lamento?
Numa palavra,
Todo o sentimento.


Arte, amar-te
Ver-te, desejar-te.
Num segundo teus olhos ver,
Numa eternidade, teus lábios esquecer.
Num pensar fugaz
Amor ou paixão?
Tanto faz!
Se a solidão,
Nada mais me traz.


Estrela matinal,
Sol da tarde longa,
Lua final,
De um poema em tua honra.
Um amor esquecido...
Quem sabe perdido?
Quem sabe recordação?
Ria, sorria
Falava, andava.
E da janela
Doce Lia,
Quando eu te via,
Não mais te esquecia...
Nada mais interessava!
O Fidalgo

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