Foi talvez uma das notícias mais curiosas que li na recta final de 2011... A estado insular de Samoa decidiu alterar o seu fuso horário e, para o fazer, decidiu o Executivo local saltar do dia 29 de Dezembro para o dia 31 de Dezembro. Samoa, que até então se regia pelo fuso horário norte-americano havaiano, passa a regular-se pelas horas de Wellington (Nova Zelândia), aproximando-se ainda de Camberra (Austrália) e de Pequim (China).
O decisão do governo samoano não se prendeu com uma mera correcção dos relógios, ou com uma aproximação amigável aos vizinhos. Razões económicas, como não poderia deixar de ser, pesaram mais na hora da decisão e, pasmei eu, não é a primeira mudança que os samoanos aceitam em prol do desenvolvimento económico. Em 2009 a ilha alterou a esquema de condução da direita para a esquerda, para "alinhar" com os vizinhos australianos...
Em 2011, a Samoa não foi o único estado do mundo a "brincar" com os relógios. A Federação da Rússia anunciou que deixa de adoptar horário de Verão, tendo feito a última alteração na Primavera de 2011. O argumento, muito válido para mim, é que estão por provar os benefícios de poupança energética que levaram à adopção deste sistema... E, acrescenta o Executivo Russo, são evidentes as maleitas para o biorritmo das constantes mudanças de horário... E com o biorritmo afectado, a produtividade baixa e lá se vai a Economia!!!
Em nome da Economia, uma vez mais, é que Dmitri Medvedev pediu, em 2009, que se pensassem em planos para diminuir o número de fusos horários em vigor na Federação da Rússia (por enquanto são onze os horários da Federação da Rússia), começando-se por reduzir o número de horários do Extremo Oriente Russo de três para um. O argumento central? Maior eficácia organizacional; maior uniformidade; menores custos; maior rentabilidade dos recursos públicos... Economia, portanto!
Em nome dessa mesma Economia, David Cameron anda a pensar, desde 2010, na adopção do fuso horário da Europa Continental (CET), pelo qual Madrid e Paris se regem, abandonando Lisboa no fuso horário actual. O movimento é feito sobre a capa de uma maior aproximação diplomática, mas é óbvio que é a pressão económica quem fala mais alto. E se até aqui a ideia estava a cozinhar em lume brando, o recente impasse por causa da posição britânica na crise na Eurozona pode acelerar a cozedura da mesma.
Mas isso teremos que esperar para ver... E, enquanto nada mais acontece, vou-me apercebendo que a Economia é uma reificação mais poderosa do que supunha; pois quer-me parecer que até o Tempo tem que se curvar aos caprichos dos irmãos Lucro e Custo! Mas claro que posso estar a exagerar, contagiado ainda pelas euforias da passagem de ano...
O Fidalgo vai continuar atento... Bom 2012!
O decisão do governo samoano não se prendeu com uma mera correcção dos relógios, ou com uma aproximação amigável aos vizinhos. Razões económicas, como não poderia deixar de ser, pesaram mais na hora da decisão e, pasmei eu, não é a primeira mudança que os samoanos aceitam em prol do desenvolvimento económico. Em 2009 a ilha alterou a esquema de condução da direita para a esquerda, para "alinhar" com os vizinhos australianos...
Em 2011, a Samoa não foi o único estado do mundo a "brincar" com os relógios. A Federação da Rússia anunciou que deixa de adoptar horário de Verão, tendo feito a última alteração na Primavera de 2011. O argumento, muito válido para mim, é que estão por provar os benefícios de poupança energética que levaram à adopção deste sistema... E, acrescenta o Executivo Russo, são evidentes as maleitas para o biorritmo das constantes mudanças de horário... E com o biorritmo afectado, a produtividade baixa e lá se vai a Economia!!!
Em nome da Economia, uma vez mais, é que Dmitri Medvedev pediu, em 2009, que se pensassem em planos para diminuir o número de fusos horários em vigor na Federação da Rússia (por enquanto são onze os horários da Federação da Rússia), começando-se por reduzir o número de horários do Extremo Oriente Russo de três para um. O argumento central? Maior eficácia organizacional; maior uniformidade; menores custos; maior rentabilidade dos recursos públicos... Economia, portanto!
Em nome dessa mesma Economia, David Cameron anda a pensar, desde 2010, na adopção do fuso horário da Europa Continental (CET), pelo qual Madrid e Paris se regem, abandonando Lisboa no fuso horário actual. O movimento é feito sobre a capa de uma maior aproximação diplomática, mas é óbvio que é a pressão económica quem fala mais alto. E se até aqui a ideia estava a cozinhar em lume brando, o recente impasse por causa da posição britânica na crise na Eurozona pode acelerar a cozedura da mesma.
Mas isso teremos que esperar para ver... E, enquanto nada mais acontece, vou-me apercebendo que a Economia é uma reificação mais poderosa do que supunha; pois quer-me parecer que até o Tempo tem que se curvar aos caprichos dos irmãos Lucro e Custo! Mas claro que posso estar a exagerar, contagiado ainda pelas euforias da passagem de ano...
O Fidalgo vai continuar atento... Bom 2012!
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